Os olmecas, por volta de 1500 a.C., foram provavelmente os primeiros a cultivar cacau. Eles usavam as sementes para preparar uma bebida cerimonial que já apresentava o caráter simbólico e ritualístico do chocolate.
Os maias deram continuidade a essa tradição, transformando o cacau em uma bebida amarga e espumante chamada "kakaw uhanal", que significa "bebida dos deuses". Eles misturavam a pasta de cacau com água, pimenta, especiarias e, ocasionalmente, mel. O cacau era consumido em celebrações religiosas e reservado para nobres e sacerdotes, simbolizando poder, fertilidade e divindade.
Os astecas herdaram essa reverência pelo cacau, mas também o associaram à guerra e à força. Para eles, a bebida de cacau, conhecida como "xocolatl", era considerada uma fonte de energia vital. O imperador Montezuma, por exemplo, teria consumido grandes quantidades de xocolatl diariamente, acreditando em suas propriedades revigorantes e afrodisíacas. Além disso, as sementes de cacau serviam como moeda de troca, evidenciando sua importância econômica e cultural.
